sexta-feira, 8 de junho de 2007

Eugénio Andrade

Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.

2 comentários:

SL disse...

Gostei muito do poema, porque faz-me lembrar que temos de estar sempre atentos à vida....

tD@m disse...

Gosto do teu bom gosto na escolha dos poemas. Por vezes, também é preciso pensar e olhar para dentro de nós próprios.